Rubiaceae

Psychotria marginata Sw.

LC

EOO:

1.999.306,977 Km2

AOO:

76,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie não endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição: no estado do Acre — nos municípios Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Santa Rosa do Purus , Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri —, no estado do Amazonas — no município São Paulo de Olivença —, no estado de Goiás — no município Jataí —, no estado de Minas Gerais — nos municípios Coronel Pacheco, Marliéria e Viçosa —, no estado do Rio de Janeiro — no município Paraty —, e no estado de Rondônia — no município Parecis. De acordo com Hamilton (1989), a espécie apresenta ampla distribuição do México ao Panamá, em elevações de 0-1.000 m, geralmente abaixo de 500 m, Psychotria marginata ocorre também em Cuba, Jamaica, Colômbia, Venezuela, Equador e Peru.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Eduardo Amorim
Revisor: Eduardo Fernandez
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore com até 4 m de altura, não endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020; Hamilton, 1989). Ocorre na Amazônia, em Campo de Várzea, Floresta de Igapó, Floresta de Terra Firme e Floresta de Várzea (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). De acordo com Hamilton (1989), ocorre em floresta tropical úmida a pré-montana com clima equatorial a tropical. Com distribuição em diferentes municípios do Acre, Amazonas, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia. De acordo com Hamilton (1989), a espécie apresenta ampla distribuição do México ao Panamá, em elevações de 0-1.000 m, geralmente abaixo de 500 m, Psychotria marginata ocorre também em Cuba, Jamaica, Colômbia, Venezuela, Equador e Peru. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, Psychotria marginata foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro. A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território TER10 - Espinhaço Mineiro - 10 (MG).

Último avistamento: 2007
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Prodr. [O. P. Swartz] 43, 1788. É reconhecida pelas folhas acuminadas longas oblanceoladas, geralmente vermelho-acinzentadas quando secas, veias secundárias eucamptódromas com domácias axilares, grandes (geralmente 10-15 cm de comprimento) panículas difusas de cimas com eixos delicados divergindo em ângulos retos, e pequenos (3,5-4 mm) frutos esféricos, preto quando seco (Hamilton, 1989). As informações da espécie foram validadas pelo especialista através do questionário (Mario Gomes, comunicação pessoal, 2020).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: A frequência dos indivíduos na população global pode ser considerada ocasional (Mario Gomes, comunicação pessoal, 2020).

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree, bush
Longevidade: perennial
Biomas: Amazônia
Vegetação: Campo de Várzea, Floresta de Igapó, Floresta de Terra-Firme, Floresta de Várzea
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest, 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland Grassland
Detalhes: Árvore com até 4 m de altura (Hamilton, 1989). Ocorre na Amazônia, em Campo de Várzea, Floresta de Igapó, Floresta de Terra Firme e Floresta de Várzea (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). De acordo com Hamilton (1989), ocorre em floresta tropical úmida a pré-montana com clima equatorial a tropical.
Referências:
  1. Hamilton, C.W., 1989. A Revision of Mesoamerican Psychotria Subgenus Psychotria (Rubiaceae), Part II: Species 17-47. Ann. Missouri Bot. Gard. 76, 386–429. https://doi.org/10.2307/2399491
  2. Flora do Brasil 2020 em construção, 2020. Psychotria. Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB24557 (acesso em 07 de agosto de 2020)

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional high
O município de Jataí (GO) possui 30,11% (216000ha) do seu território convertido em áreas de cultivo de milho, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020a). O município de Jataí (GO) possui 39,73% (285000ha) do seu território convertido em áreas de cultivo de soja, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020b).
Referências:
  1. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2020a. Produção Agrícola Municipal - Área plantada: milho, dados de 2018. Jataí (GO). URL https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1612 (acesso em 20 de março de 2020).
  2. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2020b. Produção Agrícola Municipal - Área plantada: soja, dados de 2018. Município: Jataí (GO). URL https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1612 (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.2.2 Agro-industry plantations habitat past,present,future national very high
A produção brasileira de madeira amazônica, a qual é procedente da exploração seletiva de árvores, acumulou no período de 1998 a 2013 (16 anos) um volume da ordem de 320 milhões de metros cúbicos em tora. Dados oficiais sobre a área desmatada nessa região do Brasil revelam que no período de 1988 a 2013 (26 anos) foram removidos 402.663 quilômetros quadrados de florestas, área equivalente a duas vezes o estado do Paraná. Muito embora tenham desacelerado drasticamente, especialmente de 2005 a 2013, esses números fornecem uma dimensão das alterações já causadas pelo homem na Floresta Amazônica. A exploração seletiva tem empobrecido a floresta de espécies madeireiras de valor econômico e também sua capacidade natural de reposição, isso ocorre não somente pela redução do número de árvores, ocasionada pela exploração, mas também pela abundante regeneração de espécies de rápido crescimento, a maioria sem valor comercial, favorecidas pela abertura das clareiras da exploração na floresta (Araujo, 2020).
Referências:
  1. Araujo, H.J.B. de, 2020. Ações de restauração de florestas exploradas seletivamente no sudoeste da Amazônia brasileira. Brazilian J. Anim. Environ. Res. 3, 43–59.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future national high
Os municípios Coronel Pacheco (MG), Cruzeiro do Sul (AC), Jataí (GO), Marliéria (MG), Parecis (RO), Sena Madureira (AC), Viçosa (MG) e Xapuri (AC) possuem, respectivamente, 67,03% (8815,5ha), 7,81% (68592,5ha), 31,7% (227454,5ha), 17,17% (9372,9ha), 45,56% (116115,7ha), 6,41% (152125,3ha), 50,84% (15223,2ha) e 22,73% (121536,3ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2020. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2018. Municípios: Coronel Pacheco (MG), Cruzeiro do Sul (AC), Jataí (GO), Marliéria (MG), Parecis (RO), Sena Madureira (AC), Viçosa (MG) e Xapuri (AC) . URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 20 de março de 2020).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 3.2 Mining & quarrying habitat past,present,future local high
Os impactos imediatos do tsunami foram trágicos. Enterrou aldeias a jusante, matando pelo menos 13 pessoas, principalmente em Bento Rodrigues, o distrito mais próximo da barragem. Em um dia, a onda chegou ao Doce, um dos maiores rios do Brasil fora da bacia amazônica, e percorreu 600 quilômetros antes de derramar no Oceano Atlântico em 21 de novembro (Escobar, 2015).
Referências:
  1. Escobar, H., 2015. Mud tsunami wreaks ecological havoc in Brazil. Science (80-. ). 350, 1138–1139. URL https://doi.org/10.1126/science.350.6265.1138

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental de Cairuçu (US), Parque Estadual do Rio Doce (PI), Parque Nacional de Pacaás Novos (PI), Reserva Extrativista Alto Juruá (US).
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). A espécie será beneficiada por ações de conservação que estão sendo implantadas no PAN Rio, mesmo não sendo endêmica e não contemplada diretamente por ações de conservação.
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira Filho, T.B., Martinelli, G., 2018. Plano de ação nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro., 1o ed. Secretaria de Estado do Ambiente (SEA): Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro.
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território TER10 - Espinhaço Mineiro - 10 (MG).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.